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19/02/2015 00:00

     O medo é tão antigo quanto à humanidade. Nossos ancestrais costumavam temer os animais que ameaçavam sua existência; com a descoberta do fogo, o homem pode se proteger aumentando sua expectativa de vida, aliviando seu medo principalmente quando o sol se punha. Conforme as culturas evoluíam, os medos gradativamente foram se tornando complexos - quando intensos, são chamados de fobias.
     A fobia pode produzir prejuízo na vida das pessoas ao dificultar seu convívio social fazendo até que elas sintam medo de ter medo. Como qualquer outro sentimento, o medo é um nome para um estado corporal que pode ser descrito como um “aperto” no peito, respiração acelerada, tremores entre outros. Afinal, porque algumas pessoas têm medo de determinadas coisas e outras não? É genético ou aprendido?
     Podemos dizer que nascemos com tendência a sentir medo, mas é o ambiente que nos “ensina” a senti-lo através das contingências. A melhor explicação para os aprendidos é o experimento que Watson (1878-1958) realizou ao condicionar uma criança a ter medo de um rato branco. Toda vez que o rato era colocado no mesmo local que a criança, um som alto era emitido. O comportamento inicial da criança para com o rato era amigável, condição que se modificou após o pareamento do rato com o som alto. Toda vez que o rato era colocado no mesmo local, depois do condicionamento, a criança apresentava comportamento de medo. Entretanto, o condicionamento não parou por aí. Sem a manipulação direta de Watson, a criança passou a ter medo de qualquer objeto branco que fosse apresentado a ela. Incluem-se chumaços de algodão, coelhos, e até uma máscara do Papai Noel com sua barba branca. Seria possível à criança desaprender a ter medo do rato branco e de objetos semelhantes a ele? Segundo Watson, sim. Em situações experimentais ele fez com que crianças desaprendessem a ter medo dos mais diversos objetos.
     Podemos afirmar que existe possibilidade das pessoas se livrarem de seus medos através dos benefícios proporcionados pela terapia comportamental, fazendo com que se sintam produtivas e felizes.
       A terapia comportamental tem obtido excelentes resultados no tratamento das fobias, como medo de dirigir, animais, insetos, falar em público, entrar em elevador etc.